Conflito no Iêmen

O Iêmen vive a maior crise humanitária do mundo devido a um conflito que desmantelou a economia, a infraestrutura e a assistência à saúde do país. O CICV leva assistência à população afetada e encurralada no meio desta guerra civil, de todas as maneiras possíveis. Das 29 milhões de pessoas no país, 22 milhões dependem de ajuda humanitária para sobreviver.

Conflito no Iêmen: Enfrentamentos violentos, ataques aéreos contínuos, surto de cólera e uma guerra civil sem fim transformaram o Iêmen no país com a maior crise humanitária do mundo.

Guerra civil no Iêmen. Em Sanaa, Ali, de 13 anos, em pé em meio aos escombros de edifícios destruídos do seu bairro. ARHAB, Yeyha / EPA para o CICV

Enfrentamentos violentos, ataques aéreos contínuos, epidemis crônica de cólera, uma guerra civil sem fim. Com 22 milhões de pessoas precisando de assistência humanitária para sobreviver de uma população total de 29 milhões, o Iêmen é o país com a maior crise humanitária do mundo devido a um conflito que começou em 2015. 

O que um dia foi um país de enorme beleza está hoje sujeito a bombardeios, epidemisas, surtos de doenças, escassez de medicamentos e muitos outros problemas. Todos os aspectos da vida diária do Iêmen foram afetados pela guerra. 

O CICV trabalha contra o relógio para levar ajuda à população encurralada no meio desta guerra civil, de todas as maneiras possíveis.

As necessidades desesperadas das famílias seriam menores – assim como as doenças, a desnutrição e o número de mortes entre os civis –se as normas básicas do Direito Internacional Humanitário (DIH) fossem respeitadas

Consequências da guerra

Estima-se que 24,3 milhões de iemenitas (quase 90% da população) não têm acesso à rede pública de eletricidade e 16 milhões de pessoas carecem de acesso a quantidades adequadas de água segura e serviços de saneamento. Além disso, 16,4 milhões de iemenitas precisam de ajuda para garantir acesso adequado à assistência à saúde – 9,3 milhões deles têm necessidades agudas.

 

No Iêmen, 26,5% dos lares reduziram os gastos com saúde e educação. Todos os dias, famílias iemenitas fazem escolhas difíceis entre pôr comida na mesa, mandar as crianças para a escolar ou levar um familiar doente ao médico.

O sistema de assistência à saúde foi gravemente afetado. Apenas 45% dos estabelecimentos de saúde no país ainda funcionam integralmente (graças ao apoio humanitário internacional), 17% não funciona por completo e 38% prestam serviços limitados devido a estragos ou destruição e à frágil situação geral de segurança

Desde setembro de 2017, os estabelecimentos de saúde informaram mais de 58 mil vítimas com ferimentos causados pelo conflito. Um total de 13.920 vítimas civis, incluindo 6.947 feridos e 8.761 mortos. Por outro lado, 6 em cada 10 estabelecimentos de saúde não têm condições de prestar assistência à saúde infantil, o que inclui nutrição e programas de vacinação. Mais de 160 estabelecimentos de saúde foram atacadas desde 2015 e isso foi informado ao CICV.

Dois milhões de iemenitas estão deslocados internamente. Até o momento, um milhão já retornaram.