México: presidente do CICV insta os países da América Latina e do Caribe a continuar trabalhando pela proibição das armas nucleares

14 fevereiro 2017

México (CICV) – O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Peter Maurer, instou hoje os governos dos países da América Latina e do Caribe a apoiar as negociações para tornar realidade um novo tratado que proíba esse tipo de armamento e o elimine para sempre.

"O CICV deseja trabalhar em estreita colaboração com os seus governos a fim de tornar realidade um tratado para proibir as armas nucleares e, no marco das iniciativas mais amplas, livrar o mundo dessas armas de uma vez e para sempre. (...) Proteger a humanidade desses perigos é um imperativo humanitário", afirmou Maurer em uma mensagem de vídeo difundida hoje no ato de comemoração dos 50 anos do Tratado de Tlatelolco, de 1967, realizado na Secretaria das Relações Exteriores do México, no âmbito da XXV Sessão da Conferência Geral do Organismo para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe.

O presidente do CICV disse que o Tratado de Tlatelolco foi um "pilar fundamental do Direito Internacional em matéria de desarmamento" que ofereceu, a partir da sua entrada em vigor em 25 de abril de 1969, "um marco de proteção e segurança a milhões de pessoas contra os riscos catastróficos apresentados pelas armas nucleares", tornando-se também "uma referência e uma fonte de inspiração para o posterior desenvolvimento de zonas livres de armas nucleares na África, Ásia Central e Sudeste Asiático."

Além do valor histórico da criação da primeira Zona Livre de Armas Nucleares em um território densamente povoado, Maurer destacou em seu discurso que os países da América Latina e do Caribe mantêm atualmente um compromisso com o desarmamento nuclear tão forte quanto o de meio século atrás.

Essa postura está em sintonia com a do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que em 2011 fez um chamado histórico para transformar em realidade, de uma vez e para sempre, a proibição e a eliminação das armas nucleares.

O CICV continuará instando os Estados que baseiam suas doutrinas de defesa nas armas nucleares para que se somem a essa iniciativa a favor da proibição e eliminação total desse tipo de armamento. "Se não podem fazê-lo neste momento, pedimos que adotem, com urgência, medidas para a redução do risco do uso acidental ou intencional dessas armas", completou Maurer.

Mais informações:
Yves Heller, CICV, México, tel.: +52 55 2581 2110 Ramal 4961, ou (cel.) +52 55 2755 1794